Educação libertária

De Protopia
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Carol Campagnolo


Max Stirner escreveu em 1842 um longo ensaio sobre a educação chamado O Falso Princípio da nossa Educação. Nele, Stirner nomeia o seu princípio educacional como "personalista" , explicando que o auto-entendimento consiste em autocriação contínua. Educação, para ele, é criar "homens livres, caráteres soberanos", pelos quais ele quer dizer "caráteres eternos...que são portanto eternos porque eles formam-se a cada momento".

1901, o pensador anarquista e livre pensador Francisco Ferrer estabeleceu escolas progressivas ou "modernas" em Barcelona, desafiando um sistema educacional controlado pela Igreja Católica.O objetivo inicial da escola era educar a classe trabalhadora em um cenário racional, secular e não-coercitivo". Ferozmente anticlerical, Ferrer acreditava na "liberdade na educação", educação livre de autoridade da igreja ou do estado.Murray Bookchin escreveu: "Esse período (década de 1890) foi o auge das escolas libertárias e de projetos pedagógicos em todas as áreas do país onde os anarquistas exerciam alguma escala de influência. Possivelmente, o mais bem conhecido esforço neste campo foi a Escola Moderna de Francisco Ferrer (Escuela Moderna), um projeto que exercia uma considerável influência na educação catalã e nas técnicas experimentais de ensinar em geral.La Escuela Moderna e as ideias de Ferrer em geral foram a inspiração para uma série de Escolas Modernas nos Estados Unidos,Cuba, América do Sul e Londres. A primeira dessas foi inaugurada em Nova Iorque em 1911. Ela também inspirou o jornal italiano Università popolare, fundado em 1901.

Uma outra tradição libertária é a de não-escolarização e a pedagogia libertária nas quais atividades lideradas por crianças substituem abordagens pedagógicas. Experiências na Alemanha levaram A. S. Neill a fundar o que se tornou a Summerhill School em 1921.Summerhill é frequentemente citada como um exemplo do anarquismo em prática. Entretanto, apesar de Summerhill e outras escolas serem radicalmente libertárias, elas diferiam dos princípios de Ferrer por não advogar uma abordagem manifestadamente política em relação à luta de classes.Além de organizar escolas de acordo com princípios libertários, anarquistas também continuaram a questionar o conceito de aprendizagem por si. O termo desescolarização foi popularizado por Ivan Illich, que argumentava que a escola como uma instituição é disfuncional para a aprendizagem autodeterminada e serve, ao contrário, para a criação de uma sociedade de consumo.



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