Ficção científica: a nova utopia anarquista

De Protopia
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Rui Eduardo Paes




Músicos anar­quis­tas como Thom Yorke (Radiohead), Eugene Hutz (Gogol Bordello), Jello Biafra (ex-Dead Kennedys, pre­sen­te­mente com o grupo Guantanamo School of Medicine), Jude Abbot (Chumbawamba), Holger Czukay (Can, ainda e sem­pre), Chris Johnston (Ghost Mice) e Lemmy (Motorhead, ex-Hawkwind) te­rão, com cer­teza, cons­ci­ên­cia de que a mú­sica que fa­zem, da ma­neira como a fa­zem e, so­bre­tudo, como a apre­sen­tam e co­lo­cam em cir­cu­la­ção, é um pro­duto for­ma­tado pela «so­ci­e­dade do espectáculo».

A ex­pres­são foi cu­nhada pela Internacional Situacionista e, em par­ti­cu­lar, por Guy Débord, sig­ni­fi­cando que a vida so­cial dos nos­sos dias, em to­dos os seus as­pe­tos, se trans­for­mou em mera representação.


Integridade ou glamour

Diria até que as mú­si­cas cri­a­das e in­ter­pre­ta­das pe­las fi­gu­ras em causa têm du­pla­mente essa con­di­ção, dado que to­das es­tas ban­das se mo­vi­men­tam nos do­mí­nios da cul­tura pop. Esta é, por ine­rên­cia, re­pre­sen­ta­ção da re­pre­sen­ta­ção, mesmo quando o pro­pó­sito que lhes as­siste seja mu­dar as cons­ci­ên­cias e a sociedade.

Nem to­das têm essa am­bi­ção mi­li­tante, fun­ci­o­nando mais ou me­nos pas­si­va­mente nos me­an­dros do mer­can­ti­lismo ca­pi­ta­lista (veja-se o caso dos Radiohead), mas mesmo quando a men­sa­gem é po­lí­tica pouco po­dem os com­ba­ti­vos Chumbawamba ou os ve­te­ra­nos e sa­bi­dos Can (nome de­ri­vado dos acró­ni­mos de «Comunismo-Anarquismo-Niilismo») con­tra os me­ca­nis­mos de re­cu­pe­ra­ção e coi­si­fi­ca­ção da má­quina in­dus­trial de que fa­zem parte.

Não chega com­por can­ções pop anar­quis­tas, para mais quando se tem por ad­qui­rido que, não obs­tante o seu gla­mour, o fac­tor «pop» é des­tru­tivo. Faria li­ber­ta­ri­a­mente mais sen­tido op­tar por um for­mato me­nos co­mer­cial ou, por­que não, in­ven­tar al­gum novo, como, de resto, fi­ze­ram os pra­ti­can­tes das mú­si­cas im­pro­vi­sada e experimental?

Fará com cer­teza, mas não im­plica isso uma di­mi­nui­ção das au­di­ên­cias, o tal «afas­ta­mento das mas­sas» que é, desde sem­pre, o grande pe­sa­delo das es­quer­das (e claro que tam­bém ori­gi­nando uma di­mi­nui­ção dos ren­di­men­tos pes­so­ais)? Pois im­plica, mas lá está: acei­tar o jogo ca­pi­ta­lista com a pre­ten­são de o sa­bo­tar tem con­du­zido ape­nas à sua manutenção…

Não é fá­cil che­gar a boas con­clu­sões, mas es­tes mú­si­cos de­viam pen­sar au­to­cri­ti­ca­mente no que será (ou se­ria; se­ja­mos ob­jec­ti­vos e de­sa­pai­xo­na­dos) a mú­sica numa de­mo­cra­cia de base, co­mu­na­lista e fe­de­ra­tiva. Provavelmente, al­guns de­les en­ro­la­riam a ban­deira ne­gra, tais as con­tes­ta­ções que en­con­tra­riam do seu as­su­mido con­ceito mo­ne­ta­rista de «carreira».

Nada me­lhor, para tal, do que con­sul­tar os ce­ná­rios mu­si­cais avan­ça­dos pela li­te­ra­tura anar­quista, em es­pe­cial a de fic­ção ci­en­tí­fica ou de an­te­ci­pa­ção, da­das as su­pe­ri­o­res ca­pa­ci­da­des de «vi­su­a­li­za­ção» nar­ra­tiva e des­cri­tiva que esta tem re­la­ti­va­mente à es­crita fi­lo­só­fica, bem mais seca e cifrada.


A mais im­por­tante forma de arte

Por al­gum mo­tivo, de resto, o au­tor da «Mars Trilogy», Kim Stanley Robinson, sus­tenta pe­rem­to­ri­a­mente que «a FC é, hoje, a mais im­por­tante forma de arte».

Aliás, a FC to­mou nos últi­mos 50 anos o lu­gar que as uto­pias ti­ve­ram desde, pelo me­nos, o sé­culo XVI e um vi­si­o­ná­rio cha­mado Thomas Morus. Com a van­ta­gem de o ima­gi­ná­rio utó­pico ac­tual, seja o pro­jec­tado para ou­tros pla­ne­tas («The Dispossessed», Ursula Le Guin) como aquele que re­fere um tempo ter­res­tre de­ri­vado dos pre­sen­tes cir­cuns­tan­ci­a­lis­mos («The Free», Mike Gilliland) ter per­dido o clás­sico ca­rác­ter distópico…

Afinal, em Arrares, o mundo que aplica os prin­cí­pios da fi­ló­sofa anar­quista Odo (cuja obra Le Guin ima­gina como uma sín­tese das ideias li­ber­tá­rias desde Proudhon até 1974, ano em que pu­bli­cou o li­vro), no já re­fe­rido «The Dispossessed», a mú­sica, tal como, de resto, to­das as de­mais ar­tes, «não é con­si­de­rada como tendo um lu­gar na vida, sendo an­tes uma téc­nica bá­sica da vida, à se­me­lhança do dis­curso fa­lado».

Se to­dos apren­dem a can­tar e a to­car um ins­tru­mento desde cri­an­ças e se to­dos criam (ou não) mú­sica quando o en­ten­dem, na so­ci­e­dade odo­nista não há mú­si­cos pro­fis­si­o­nais nem pro­pri­a­mente «con­cer­tos». A mú­sica faz parte do quo­ti­di­ano, mas não dis­põe de um es­paço pró­prio e di­fe­ren­ci­ado no apa­re­lho de pro­du­ção, nem de cir­cui­tos de dis­tri­bui­ção ou de di­vul­ga­ção específicos.

Até um ilus­tre, ainda que po­lé­mico, ci­en­tista como o pro­ta­go­nista Shevek de­dica uma boa parte da sua aten­ção ao tra­ba­lho so­ci­al­mente útil no ime­di­ato, sur­gindo a Física ape­nas como um part-time no seu dia-a-dia ou como uma ac­ti­vi­dade con­cen­trada em pe­río­dos iso­la­dos na sua duração.

Ora, não sendo a mú­sica con­si­de­rada um bem de pri­meira ne­ces­si­dade, os odo­nis­tas criam mú­sica so­mente nos tem­pos que o en­sino de mú­sica lhes deixa li­vres, inserindo-a em con­tex­tos de so­ci­a­li­za­ção dos tra­ba­lha­do­res em que to­dos são mú­si­cos e ou­vin­tes em simultâneo.

Como es­creve Ursula Le Guin quando Shevek as­siste a um es­pec­tá­culo na ca­pi­ta­lista Abbenay, «ele pen­sava que a mú­sica era algo que se fa­zia e não que se ou­via». Pela pri­meira vez, tes­te­mu­nha um mo­mento mu­si­cal fruto da di­vi­são e da es­pe­ci­a­li­za­ção do tra­ba­lho, em que mú­si­cos to­cam para não-músicos.

Esta di­fe­ren­ci­a­ção so­cial en­tre «pro­du­ção» e «con­sumo» está no cerne mesmo do fe­nó­meno pop. Se to­dos ti­vés­se­mos ha­bi­li­ta­ções mu­si­cais não ha­ve­ria tops ou hits. Nem, de resto, Radiohead, Gogol Bordello e Chumbawamba.

É neste ponto que a uto­pia da es­cri­tora norte-americana se con­firma como uma contra-utopia. Mesmo não ha­vendo go­verno, pa­trões e hi­e­rar­quias, a so­ci­e­dade e os seus uti­li­ta­ris­mos cons­ti­tuem, ou po­dem cons­ti­tuir, uma forte pres­são so­bre os indivíduos.

Como afirma ou­tra per­so­na­gem, Bedap, so­bre o «so­fri­mento es­pi­ri­tual» de al­guém que de­seje ou­tra coisa que não aquilo que é pre­ten­dido pela ge­ne­ra­li­dade dos ci­da­dãos, al­guém, por exem­plo, que sinta a ne­ces­si­dade de se ex­pres­sar mu­si­cal­mente a tempo inteiro:

«O so­fri­mento de pes­soas que vêem o seu ta­lento, o seu tra­ba­lho, a sua vida per­di­dos. De boas men­tes sub­me­ti­das a gente es­tú­pida. De força e co­ra­gem es­tran­gu­la­das pela in­veja, pela ga­nân­cia do po­der, pelo re­ceio da mu­dança. A mu­dança é li­ber­dade, a mu­dança é vida – há algo de mais bá­sico no pen­sa­mento odo­ni­ano do que isso? Mas nada mais muda. A nossa so­ci­e­dade está do­ente.»


Coletivismo egoísta

É o que se passa, pre­ci­sa­mente, com Salas, o com­po­si­tor. Porque os man­da­ta­dos do Sindicato dos Músicos não gos­tam do que faz, impedem-lhe uma maior de­di­ca­ção à es­crita. Numa re­ac­ção de re­bel­dia, ele recusa-se a dar aulas…

«É que eu não com­po­nho da ma­neira que se en­sina no con­ser­va­tó­rio. Componho mú­sica dis­fun­ci­o­nal. Eles que­rem co­rais, mas eu odeio co­rais. Querem pe­ças de har­mo­nia aberta como as que Sessur es­cre­via, mas eu odeio a mú­sica de Sessur. Estou a es­cre­ver uma peça de mú­sica de câ­mara e vou chamar-lhe “O Princípio da Simultaneidade” (nota: o mesmo nome da te­o­ria fí­sica de Shevek): cada um dos cinco ins­tru­men­tos toca um tema cí­clico in­de­pen­dente, sem cau­sa­li­dade me­ló­dica, com o pro­cesso de de­sen­vol­vi­mento sur­gindo in­tei­ra­mente da re­la­ção en­tre as partes.»

Infelizmente, como Sala con­clui, «eles não ou­vem, não que­rem ou­vir».

É a ver­tente co­le­ti­vista da anar­quia que se con­tra­põe à in­di­vi­du­a­lista, com­pro­vando que os pre­cei­tos co­lec­ti­vis­tas de Kropotkin só fa­zem sen­tido quando se co­lo­cam em prá­tica tam­bém os «egoís­tas» de Stirner, sob o risco de se ins­ta­lar ou­tro to­ta­li­ta­rismo. Repare-se no co­men­tá­rio de Bedap:

«Como po­dem eles jus­ti­fi­car esse tipo de cen­sura? Tu com­pões mú­sica! A mú­sica é uma arte co­o­pe­ra­tiva, or­gâ­nica por de­fi­ni­ção, so­cial. Pode ser a mais no­bre forma de com­por­ta­mento so­cial de que so­mos ca­pa­zes. E é com cer­teza um dos mais no­bres tra­ba­lhos que um in­di­ví­duo pode de­sem­pe­nhar. Pela sua na­tu­reza, pela na­tu­reza de qual­quer arte, é uma par­ti­lha. O ar­tista par­ti­lha, é essa a es­sên­cia da sua ac­ti­vi­dade.»

Ou seja, «a com­ple­xi­dade, a vi­ta­li­dade, a li­ber­dade de in­ven­ção e ini­ci­a­tiva que es­ta­vam no cen­tro do ideal odo­ni­ano es­tão a ser dei­ta­dos fora». «Estamos a vol­tar à bar­bá­rie.»

«The Dispossessed» vira os prin­cí­pios anar­quis­tas con­tra os pró­prios prin­cí­pios anar­quis­tas, apre­sen­tando a so­ci­e­dade al­ter­na­tiva não como uma so­lu­ção per­feita, mas como algo que tem os seus ine­ren­tes pa­ra­do­xos e é ne­ces­sá­rio aper­fei­çoar con­ti­nu­a­mente, se­gundo a ideia de «re­vo­lu­ção per­ma­nente». Nada que se as­se­me­lhe ao con­ge­lado e es­té­ril Falanstério de Fourier.

Seja como for, não es­pe­rem um Jello Biafra ou um Lemmy um ce­ná­rio mi­ni­ma­mente pa­re­cido com aquele que os con­du­zi­ram à fama.

E o que mais te­mos na FC a dar-nos indicações?


Utilitarismo re­vo­lu­ci­o­ná­rio

Temos a es­cri­tora, bruxa (!) e ati­vista Starhawk, que num texto in­ti­tu­lado «The Vision of the City», so­bre a San Francisco «utó­pica» que propôs em «The Fifth Sacred Thing», ide­a­liza uma ci­dade ajar­di­nada e ar­tis­ti­ca­mente in­ter­ven­ci­o­nada em que a Guilda dos Transportes con­trata mú­si­cos para cir­cu­la­rem em ca­mi­o­ne­tas aber­tas, a fim de que «cor­ren­tes de mú­sica cons­tan­te­mente flu­tuem pe­las ruas».

A mú­sica, pois, como um ser­viço pú­blico, não um pro­duto co­mer­cial. Valorado como qual­quer ou­tro, e por isso in­se­rido nos cur­rí­cu­los es­tu­dan­tis bá­si­cos: «Quando as cri­an­ças apren­dem a to­car tam­bor, mais fa­cil­mente fi­cam a sa­ber con­tar.»

A mú­sica pode até ser usada nas me­to­do­lo­gias edu­ca­ci­o­nais: «Tudo o que pre­cisa de ser me­mo­ri­zado é co­lo­cado em mú­sica e can­tado.»

Em ou­tro es­crito seu, Starhawk co­loca já na atu­a­li­dade o uti­li­ta­rismo re­vo­lu­ci­o­ná­rio da mú­sica. Por exem­plo, nas ações de pro­testo e nas bar­ri­ca­das, que con­si­dera de­ve­rem ser mais ima­gi­na­ti­vas: «Arte, mú­sica, dança, ma­ri­o­ne­tas, ri­tu­ais, te­a­tro de rua, pro­cis­sões, pa­ra­das, to­das as coi­sas que já fa­ze­mos e ou­tras em que ainda não pen­sá­mos. Divertimentos e sur­pre­sas. Humor. Fazer o ines­pe­rado. Nunca ser abor­re­cido, en­te­di­ante ou es­te­re­o­ti­pado.»

Autora de «Woman on the Edge of Time», a po­e­tisa Marge Piercy mos­tra, por sua vez, uma Mattapoisett em que «as car­rei­ras são dis­tri­buí­das numa base ro­ta­tiva e quase to­dos es­tão en­vol­vi­dos em ser­vi­ços pú­bli­cos», sendo a arte «pro­du­zida co­mu­ni­ta­ri­a­mente».

No mo­nó­logo fan­ta­sista, hí­brido de en­saísmo, «Bolo Bolo» o mis­te­ri­oso PM de­signa por «bo­los» os bair­ros au­tó­no­mos com iden­ti­da­des cul­tu­rais pró­prias e di­fe­ren­ci­a­do­ras, «os seus há­bi­tos, fi­lo­so­fia, va­lo­res, in­te­res­ses, es­ti­los de ves­tir, co­zi­nha, ma­nei­ras, com­por­ta­mento se­xual, edu­ca­ção, re­li­gião, ar­qui­te­tura, ar­te­sa­nato, ar­tes, co­res, ri­tos, mú­sica, dança, mi­to­lo­gia, body-painting».

Não pro­pri­a­mente tri­bos, ape­sar das suas se­me­lhan­ças com as ve­lhas so­ci­e­da­des de coletores/caçadores, mas uni­da­des so­ci­ais de raiz reu­nindo cerca de 500 in­di­ví­duos que tudo de­ci­dem em con­se­lhos de­li­be­ra­ti­vos de de­mo­cra­cia direta.

Há um mo­tivo que leva PM a ima­gi­nar a es­tru­tura base do seu mo­delo de anar­quia se­gundo a iden­ti­dade cul­tu­ral: «A cul­tura é mais im­por­tante do que a so­bre­vi­vên­cia ma­te­rial. As pes­soas que pas­sam fome lu­tam mais pela sua re­li­gião, pelo seu or­gu­lho, pela sua lín­gua e por ou­tros “lu­xos” su­pe­res­tru­tu­rais do que pro­pri­a­mente por ren­di­men­tos mí­ni­mos as­se­gu­ra­dos.»


Dor e prazer

Num «bolo», de resto, é o con­texto cul­tu­ral que de­fine «o que é con­si­de­rado “tra­ba­lho” (= dor) e o que é en­ten­dido como “di­ver­ti­mento” (= pra­zer)». Não há obri­ga­to­ri­e­da­des, «so­mente um fluxo mais ou me­nos li­vre de pai­xões, per­ver­sões e aber­ra­ções». A mú­sica pode ser uma des­sas aber­ra­ções, pode ser um dos «en­tre­te­ni­men­tos» trans­for­ma­dos em «empregos»…

A anar­quia na vi­são de Kim Stanley Robinson surge em «2312» com uma es­tru­tu­ra­ção equi­va­lente ao sam­pling da elec­tró­nica de pes­quisa e ao DJing dos clu­bes de dança, ou seja, trata-se de uma co­la­gem de di­ver­sos gé­ne­ros li­te­rá­rios e ti­pos de es­crita. As re­fe­rên­cias à mú­sica, es­sas, não pas­sam da alu­são ao gosto pe­los clás­si­cos de Wahram, um in­te­lec­tual de Titan com cara de sapo.

Já os yun­kers (jo­vens) or­ga­ni­za­dos em clans de «The Free», obra do acima men­ci­o­nado Mike Gilliland, são os tí­pi­cos punks com re­mi­nis­cên­cias hip­pie do Black Bloc e do mo­vi­mento okupa. Mas se as per­so­na­gens deste re­lato da in­sur­rei­ção anar­quista numa con­jun­tura fu­tu­rista (para da­qui a uns me­ses?) de co­lapso do ca­pi­ta­lismo na Europa são as do ima­gi­ná­rio punk, a mú­sica é ape­nas men­ci­o­nada como parte da festa revolucionária.

É nada mais, nada me­nos do que uma fer­ra­menta ao ser­viço do bem co­mum. Mas con­se­gui­rão os Ghost Mice imaginar-se a ani­ma­rem, sem palco, nem lu­zes, nem mesa de mis­tura, uma reu­nião guer­ri­lheira pres­tes a par­tir para uma in­ves­tida con­tra uma mi­lí­cia fas­cista? Duvido…


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Originalmente publicado em Bitaites.


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