Jean Baudrillard
Jean Baudrillard considerado pelos tolos e marxistas um filósofo pós-moderno é também um dos autores que melhor diagnosticaram o mal-estar contemporâneo. É um dos fundadores da revista "Utopie", além de ter publicado mais de 50 livros ao longo de sua vida.
Traduziu para o francês obras de Bertolt Brecht. Lecionou sociologia na Universidade de Nanterre e sua tese de doutorado, "O sistema dos Objetos", foi publicada em 1968. A obra era voltada para um estudo semiológico do consumo, assim como seus dois livros seguintes, "A Sociedade de Consumo" (1970) e "Por uma Crítica da Política Econômica do Signo" (1972). Outras de suas obras que merecem destaque são: "À Sombra das Maiorias Silenciosas" (1978), "Simulacros e Simulações" (1981), "América" (1986), "A Troca Impossível" (1999) e "O Lúdico e o Policial" (2000).
Pensador polêmico, Baudrillard desenvolveu uma série de teorias sobre os impactos da comunicação e das mídias na sociedade e na cultura contemporâneas. Baseou sua filosofia no conceito de virtualidade do mundo aparente, refutando o pensamento científico tradicional. Criticava a sociedade de consumo e os meios de comunicação e considerava as massas como cúmplices dessa situação.
Baudrillard lembrava que os objetos não possuem apenas um valor de uso e um valor de troca, mas também um valor de signo, determinante nas práticas de consumo que ele considerava danosas.
Segundo ele, o sistema tecnológico desenvolvido e a quantidade de informações influenciam na definição da massa crítica. A máquina representa o homem que se torna um elemento virtual deste sistema. O seu ensaio sobre como os meios de comunicação de massa produzem a realidade virtual inspirou os diretores da trilogia de "Matrix" - o que não agradou a Baudrillard.
Escritos
Livros
- À Sombra das maiorias silenciosas: O fim do social e o surgimento das massas
- Cultura y Simulacro (em espanhol)
- Senhas
Artigos
- A alucinação coletiva do virtual
- A violência mundial
- Réquiem para as Twin Towers
- O suicídio do espetáculo
Entrevistas
Escritos sobre o autor
- Tarantino, Deleuze, Baudrillard, Tomates
- Morin, Baudrillard e a metafora do holograma - J Francisco E. Menezes Martins
Ligações externas
hebert marcuse