O Século Vinte

De Protopia
Ir para navegação Ir para pesquisar

Nâzim Hikmet‎‎





- "Pode dormir agora
E despertar dentro de cem anos, querido..."


- Não, querida, isso não:
Eu não sou desertor,
Nem me assusta meu século
Meu século miserável, escandaloso,
Meu século corajoso, grande, heróico.
Eu nunca me queixei de nascer demasiado cedo.
Eu sou do século vinte. Sinto orgulho de sê-lo.
Eu me alegro de estar onde estou:
No meio dos nossos
E lutando por um mundo melhor...


- "Para daqui cem anos, meu amor..."


- Não: muito antes e apesar de tudo.
Meu século agonizante e renacente,
Meu século, cujos últimos dias serão belos,
Esta terrível noite que, desgarram alaridos de aurora,
Meu século estralará de sol, querida,
O mesmo que teus olhos.


Traduzido por AltDelCtrl.



Textos

A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z