Visões de Outono

De Protopia
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Nos olhos a calma
Das coisas que crescem
Subterrâneas e silenciosas
No crepúsculo da vida.


De pé espanta o frio com as mãos
A dois passos da porta da pele...
Grandes olhos
Enxergando por trás
da luz.
Ouvidos plenos
Escutando para além
do som.
Atravessam
os véus do desejo
e as amarras do medo.


Fumaça vibra selvagem no ar...
Desarmando a fraqueza do ser.
nessa velha busca inconstante,
que não conhece submissão.


É outono e as eras passam,
Grandes manadas,
Alvoradas passam,
é tempo das visões...
Campos virando florestas,
Ondas devorando rochas,
Montes de areia
viajam no vento,
Desertos esquecidos,
Oceanos ancestrais.
O que um dia foi feito,
No agora se desfaz.
Arranha-céus em ruínas,
Centenas de milhas
de escombros de cidades.
E a Lua se afastou outro tanto,
sob a suave luz
das estrelas.
Na ravina,
além das ruínas,
Dormem sono tranquilo
No ar a fumaça
celebre dança
Logo estarão de pé
Entre domos de buki
E torres do sol
De pé sobre a dádiva do mundo
nos mistérios da imensidão.


Disparar contra os relógios
Como outrora,
Para fazer parar o tempo
De nada adiantou,
Veio a aurora,
E o tempo não parou.
O agora é sempre o que temos
É sempre o tempo da ação...


Ação que iça novos mistérios,
Acasos e destinos.
O Futuro é tecido a cada dia
Emergindo na força
de um mundo sem miséria.
Amanhece no canto do olho...
Outro bom dia para viver.
Tão vasto quanto o céu noturno
Tão profundo quanto se pode ser.
Vida plena que vale a pena.
Alguém acordou boceja,
E em tom suave
te saúda:
"A tua liberdade
estende a minha
ao infinito".
...e que assim seja,
o que assim será.


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