Voltairine de Cleyre
Anarquista americana, escritora feminista, teórica e ativista no tempo da revolta de Haymarket, foi quem em resposta ao Senador norte-americano Joseph R. de Hawley -- que ofereceu mil dólares de recompensa ao anarquista que lhe desse um tiro -- escreveu:
Negócio fechado. Pague apenas sua passagem até minha casa, o tiro vai de graça, mas já que faz tanta questão em pagar $1000, então, depois de dar-lhe o tiro, usarei o dinheiro na propagação da idéia de uma sociedade livre onde não haja assassinos, presidentes, mendigos, nem senadores.
Nasceu em 17 de novembro de 1869, em Michigan.
Filha de um livre pensador de origem belga – seu nome é homenagem a Voltaire – foi educada num colégio católico no Canadá, de onde fugiu.
Iniciou sua militância social como livre-pensadora, tornando-se anarquista na seqüência dos acontecimentos do Primeiro de Maio de 1886, em Chicago.
Amiga do pensador anarquista Dyer Lum e de Emma Goldman, quando esta foi processada por sua militância em 1893, Voltairine escreveu o ópusculo Em Defesa de Emma Goldman do Direito de Expropriação. Em 1897 esteve em França e na Inglaterra, conhecendo em Londres Kropotkin e o grupo editor do jornal Freedom, estabelecendo também contato com os exilados espanhóis.
Colaboradora da imprensa anarquista, principalmente da revista Mother Earth, escritora de mérito, conferencista famosa, percorreu os EUA fazendo propaganda das idéias libertárias. Muitas das traduções de obras anarquistas editadas nos EUA no final do século XIX, são de sua autoria.
Depois de vinte e cinco anos de militância, Voltairine de Cleyne morreu aos 46 anos de idade, em junho de 1912, em Chicago, devido a um ferimento resultante de uma tentativa de assassinato anos antes.Voltairine de Cleyre (1866-1912),
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